Há que pedir o impossível!

Thursday, June 30, 2005

7.ª pequena recta (7.ª.1, 7.ª.2, 7.ª.3)…

No mapa que trago comigo, o que outrora me havia parecido de relance como sendo um único, eram afinal três estreitos e próximos caminhos. Cada um deles tinha um nome: A-89.3, A-89.2 e a A-89.1, a destinada. O mais curioso é que, ao chegar perto do ponto de separação, constato na existência de três placas no início de cada um deles. Estrada do Inferno, Caminho do Purgatório e Ascensão ao Paraíso… diziam elas!!

Por vezes o acaso obriga-nos a arriscar, noutras põe-nos em cautela. Sentia necessidade de demonstrar a necessidade existente em permitir o controlo e a necessidade provisória de precaver-me de um qualquer encontro imediato que pudesse surgir. Confrontado com isto decido deixar também a decisão ao acaso... Três caminhos, três berlindes que iriam ser “shaken, not stirred”, num saco de plástico, que por acaso estava ali à mão. Após essa breve mexida, coloquei a mão dentro do saco e tirei o "berlinde aleatório"…

Siga caminho...

Tuesday, June 28, 2005

6.ª pequena recta...

Por vezes a música que passa na rádio parece que nos está a querer dizer alguma coisa... no momento certo, com as palavras correctas!
_________________

Oh Elise it doesn't matter what you say
I just can't stay here every yesterday
Like keep on acting out the same
The way we act out
Every way to smile
Forget
And make-believe we never needed
Any more than this
Any more than this

Oh Elise it doesn't matter what you do
I know I'll never really get inside of you
To make your eyes catch fire
The way they should
The way the blue could pull me in
If they only would

If they only would
At least I'd lose this sense of sensing something else
That hides away
From me and you
There're worlds to part
With aching looks and breaking hearts
And all the prayers your hands can make
Oh I just take as much as you can throw
And then throw it all away
Oh I throw it all away
Like throwing faces at the sky
Like throwing arms round
Yesterday
I stood and stared
Wide-eyed in front of you
And the face I saw looked back
The way I wanted to
But I just can't hold my tears away
The way you do

Elise believe I never wanted this
I thought this time I'd keep all of my promises
I thought you were the girl I always dreamed about
But I let the dream go
And the promises broke
And the make-believe ran out...

So Elise
It doesn't matter what you say
I just can't stay here every yesterday
Like keep on acting out the same
The way we act out
Every way to smile
Forget
And make-believe we never needed
Any more than this
Any more than this

And every time I try to pick it up
Like falling sand
As fast as I pick it up
It runs away through my clutching hands
But there's nothing else I can really do
There's nothing else I can really do
There's nothing else
I can really do
At all...

Cure - A Letter To Elise

Monday, June 27, 2005

5.ª pequena recta...

Passou-se. O fim de semana foi tudo o que se estava à espera: martelos, sangria, festa popular com o tradicional bailarico, manhãs numa qualquer discoteca da moda, pequenos almoços que eram ceias e uma companhia agradável e recomendada. Também aconteceram coisas que não estava à espera: festas em escolas secundárias, garagens de hotéis trocadas, pés doridos e balões de S. João que subiram.

Por causa da festa, o desvio no caminho a percorrer sofreu algumas alterações, tendo por causa disso perdido um importante encontro, a acontecer numa localidade perto. São caminhos que se escolhem e não há arrependimento, até porque, apesar de importante, tal encontro serviria apenas para retirar certezas sobre o estado de podridão que certos caminhos apresentam. Ao que parece, no próximo sábado haverá uma outra reunião, mas desta feita para preparar o caderno de encargos para adjudicar um possível arranjo desses caminhos – ou se fazem novas estradas ou se tenta “remendar” as que existem. Trata-se de definir o objecto de concurso e respectivo procedimento.

Pode ser que então sejam definidas novas rotas e possamos sair destas pequenas rectas, cujo caminho acaba por ser monótono e o horizonte nunca muda. Mas… há que ter paciência e pedir o impossível!

Thursday, June 23, 2005

4.ª pequena recta…

Vejo um pequeno cartaz publicitário a anunciar o S. João no Porto. Efectivamente estou perto de lá e ainda faltam dois dias para a festa. Decido ir. Muitas são as recordações trazidas do Porto/ Gaia. Foi lá que vivi momentos de felicidade e de tristeza. Foi lá que tive desilusões profissionais e ao mesmo tempo o devido reconhecimento. Foi lá que vi duas cidades separadas por um rio e que deveriam ser uma só (perdoem-me os locais por esta heresia que acabei de dizer). É lá que reside uma Mariana. Não uma defensora exacerbada do liberalismo, mas sim uma pessoa que tem esse nome, de etimologia latina. Lembrei-me dela por estar a trabalhar fora e, pelo que me chegou aos ouvidos, não poderá estar presente na festa.

Costuma visitar-me com regularidade, mas geralmente nunca diz muita coisa, limitando-se a ouvir e acompanhar as aventuras que se vão sucedendo nestes caminhos que todos nós percorremos. Quando a conheci, Mariana parecia tão perfeita quanto o talvez seja, apesar de não ter acreditado de início em tal visão, exactamente por isso. Sou desconfiado quanto a coincidências, e o nosso encontro assemelhou-se a uma mera coincidência, de acordo com as características que empiricamente definem o conceito.

São as certezas das nossas atitudes comportamentais que promovem também elas a edificação do ser… mas por vezes fazem-nos tomar como certas, aparências erróneas… assim agi eu quando conheci a Mariana. Não se trata de altos nem baixos, apenas caminhos que se cruzaram por momentos para ficar a ideia “será que a voltarei a encontrar num cruzamento lá mais à frente”?

Tuesday, June 21, 2005

3.ª pequena recta…

A relação com o “outro” é uma das principais razões para os altos e baixos que vamos tendo no nosso estado de espírito, tal como estas pequenas rectas onde me encontro... quando estamos em baixo vemos claramente o caminho que aparece na subida, mas só chegando lá acima é que encaramos novamente a descida. Ainda que tal possa parecer futilmente linear, acho que estes caminhos em que me encontro serão uma mais valia para a tal edificação do ser de que falava. Alegrias e tristezas, confianças ganhas e traições assumidas… tudo gira em torno de simetrias díspares em definição, mas semelhantes (e complementares) numa visão conceptual.

Lembro-me de um Canguru. Ainda que houvesse um desconhecimento inicial sobre a pureza de intenções em palavras permanentes, foi todo um trajecto que marcou o resultado final obtido. Hoje existe a confiança de que o objectivo foi atingido (altos), apesar do período temporal e ausência de trabalho (baixos) terem também eles aparecido. Um exemplo fútil para quem está de fora, e provavelmente para alguns dos intervenientes, mas enquanto método de análise, para o que interessa, serve!

Para mim, no entanto, não foi nada fútil, e no momento em que me encontro a percorrer estes caminhos, foi uma experiência gratificante ver que, existindo na essência das pessoas os valores postulados enquanto universais, não é necessário haver um conhecimento profundo do “outro” para que se consigam objectivos fúteis de sentido material, mas recompensadores para o nosso “eu” e correspondente edificação. Obrigado pelo salto que deste por cá!

Monday, June 20, 2005

2.ª pequena recta…

Aproveito estes caminhos para pensar e fazer uma espécie de retrospectiva sobre o passado do condutor. As relações amorosas são talvez o melhor laboratório para a edificação do ser… é aí que confiamos cegamente (e somos traídos); é aí que juramos amores eternos (para depois passar a ser ódio eterno), é aí que julgamos somente desejar uma pessoa (e ela fica como uma das melhores amigas); é aí que se dão os olhares (aqueles que depois surgem à memória sem razão aparente e nos fazem pensar “…e, se…”); é aí que acontecem as subidas vertiginosas do nosso ego (para passarem depois a ser a origem das dúvidas sobre a nossa existência).

O efeito narcótico na relação íntima molda-nos o pensamento, pré-formata as nossas atitudes e gera mais um ser, uma nova máscara original. Ainda que a factura a pagar no fim seja demasiado grande para as nossas posses, até ver, consegui sempre passar um cheque cabeludo.

Excepto por duas ocasiões… dois olhares que ficaram por responder. O primeiro, há já largos anos, permitiu-me ver sem preparação prévia toda a alma de uma pessoa. Após o fascínio inicial, essa seria uma das pessoas que me viria a acompanhar nestes caminhos, pela amizade, carinho e simplicidade com que se pode gostar de uma pessoa. Hoje, continua a ser umas das mulheres mais importantes da minha vida. Ainda que a troca de olhares pudesse estar mascarada de um instinto fútil de desejo… cedo viríamos a descobrir porque se diz que “os anjos não têm sexo”. Ainda que fique para sempre no ar… “e se”…

Recordo-me também do segundo olhar que me dilacerou por completo. Este mais recente. Um olhar inquiridor, analista, mas ao mesmo tempo transparente e como que a dizer “eu sou assim, como é que és?”. Ainda que exista a possibilidade de cair por terra qualquer aproximação que se tente fazer, basicamente sendo sempre lixado, nada me demove da impressão (não aparência) original. A aparência fez-me desejar-te… os olhos fizeram-me tentar…

Saturday, June 18, 2005

Caminhos que terminaram...

...mapas e regras que permanecem no código!

Paul Ricouer

12
34

Eugénio de Andrade



Álvaro Cunhal


Friday, June 17, 2005

1.ª Pequena recta...

Numa negociação, o mais importante é tardar ao máximo a revelação do nosso preço de reserva, isto porque o desconhecimento do outro sobre até onde estamos dispostos a ir, ou queremos ir, impede que possamos, por exemplo, conseguir fechar o negócio antes de termos revelado o mínimo antes do nada. Pareceu-me nesta última paragem haver um interesse da parte de alguns condutores por se encontrar um código de estrada comum. Apesar de nobre objectivo, não se assemelha fácil o início da negociação pelas regras a constar no código.

Dada a multiplicidade de condutores que percorrem os mesmos caminhos que, ao não estarem na negociação assemelham-se a pilotos kamikazes (apesar de o azar de ser albarroado poder ser uma hipótese remota nunca poderemos descurar o perigo), cada condutor que entrar na negociação demonstrará interesse em ser menos um homem-bomba em circulação. Muitos no entanto ficarão desde logo pelo caminho por terem regras demasiado contraditórias e por teimarem em as incluir no código.

Assim, e para que o desenrolar da negociação permitisse pensar em progresso, urge manter as portas abertas... como? Até agora a mais utilizada é uma espécie de "ouço tudo o que quiseres e digo é possível a tudo o que dizes", mas para que se possa pensar em continuar terá obrigatoriamente de dar o primeiro kickoff. O problema é que quem der esse kickoff terá de baixar no primeiro lance o seu preço de reserva.

É como se no fim desta pequena recta vislumbrasse um condutor a vir em sentido contrário, mas na minha direcção. Existe um processo negocial e acordamos uma via para cada um de nós. No entanto, na hora da verdade ele muda de direcção. Isto é o que irá acontecer.



Wednesday, June 15, 2005

Pequenas rectas...

Hoje estou a seguir caminho novamente. Após o encontro imediato com o mecânico, folgo em saber que a minha viatura continua com “pernas para andar”, não deixando de, enquanto conduzo, analisar em maior detalhe os acontecimentos (ou a minha interpretação) destes quatro dias de paragem obrigatória, em particular no que se refere ao encontro imediato com o mecânico, essa “Mariana”. Este revelou-se como uma pessoa que pensa pela sua própria cabeça e que sabe analisar qual o problema só de ouvir o motor, mas revelou-se como um troglodita no que dizia respeito a encontrar as soluções.

Assim, após a boa notícia de saber que o carro tinha arranjo, fiquei a saber que ele não sabia como o arranjar. Paradoxal? Não meus amigos, é mesmo estupidez pura! Mas, decidi não me enervar com a situação e simplesmente armar-me também eu em troglodita, abrindo os braços e dizendo “e agora amigo… o que fazemos?”. Estas pessoas hoje em dia parece que criam problemas, preocupam os outros e, só depois do primeiro sinal de desespero, aparecem com a solução. Técnicas de negociação? Ou eles só se estão a armar? São questões que ficam em aberto e que, dado o carácter provisório da minha visita, não merecem a minha preocupação.

O amigo lá veio e, após se ter inteirado da situação, lá começou a solucionar os problemas encontrados. Com arrogância de quem sabe, mas com a dúvida de quem não percebe. Se a minha avaliação destes quatro dias “perdidos” fosse focalizada no arranjo do carro, acho que ficaria um pouco chateado e arrependia-me de não ter seguido viagem; ou até o carro ser arranjado por outro mecânico, ou até ficar encostado numa qualquer berma de estrada. A festa local valeu por tudo…

Mas verdade seja dita, só valeu porque as pessoas simplesmente deixaram de ser a máscara do dia-a-dia e passaram a ser o alimento da turba. Será por haver um menor número de máscaras conscientes e pensadas… ou a dissipação dos filtros criados pela nossa sociedade na nossa forma de agir através de substâncias “desinibidoras… ou a excitação provocada pelo ambiente circundante… ou simplesmente todos estes factores juntos potenciam o sentimento de felicidade pura e despreocupada que tão característico é destes festejos. Comparativamente, só num local parece haver tamanha alegria… numa outra localidade… numa outra festa! Se ficar a caminho, ou mesmo tendo de fazer um pequeno desvio, tentarei ir…

O caminho que se estende à frente (sim, não tive voltar até há 11 anos atrás) é perigoso. Apesar de ser em recta, como o mapa indica, existem muitas colinas, retirando visibilidade e tornando assim uma enorme recta num conjunto de pequenas rectas. Apesar de saber que por detrás da colina a recta continua… não sei se chegarei lá ou se apanharei um outro condutor em choque frontal. Continuaremos no caminho, se bem que sem saber muito bem se a estrada escolhida é a que me levará ao destino.

Tuesday, June 14, 2005

Festas e gerações...

A localidade estava em festa. Apesar de não ser a minha primeira vez, não deixa de ser animador podermos por uma noite imiscuirmo-nos nos costumes dos locais e presenciar em primeira mão um estado de felicidade tão puro e despreocupado, cada vez mais raro nos tempos que correm… Mas, como a imutabilidade dos costumes é algo de ainda mais raro acontecimento, existe uma mudança clara nas formas de festejo e demonstração de alegrias populares. A felicidade pura e despreocupada continua lá, por enquanto, ao contrário dos “verdadeiros populares”… esses é que estão a mudar, em representatividade!

Hoje finalmente deverá chegar o mecânico. Irei lá apenas no fim da tarde, simplesmente porque não me apetece seguir viagem já hoje caso seja possível. Após as notícias, independentemente da sua natureza, o descanso é merecido.

Saturday, June 11, 2005

Estação de Serviço...

Tal como previsto, chegou a sexta-feira e chego à estação de serviço. Não direi a tão ansiada, porque revelou-se como sendo um bluff. O mecânico, que “estaria supostamente sempre de serviço” aproveitou a coincidência dos feriados e o fim-de-semana e foi para o Algarve com a família. Enfim… aqui teria de permanecer até terça-feira, data de volta esperada.

São estas “Marianas” que nos obrigam a pensar e reflectir sobre assuntos e cenários apenas porque induzem à sua necessidade e vão de férias quando confrontadas. Assim estava o mecânico. Deixei o carro à porta da oficina e chamei um táxi. Existia uma pequena localidade a 75 km, onde iria também eu aproveitar o fim-de-semana. Terça-feira lá estarei para saber se posso continuar viagem.

Thursday, June 09, 2005

Recta (cont) ...

Enquanto vou seguindo o caminho, os placards publicitários que se vão encontrando junto à estrada ajudam a passar o tempo... Mais do que isso, trazem à memória vivências e acontecimentos que formaram e construiram este mau-feitio. Ao passar por um poster da Walt Disney, lembro-me dos três patos (representativos dos clubes grande de Portugal em futebol) e seu tio. A 9 de Junho surgiram estes personagens que viriam a acompanhar a minha infância, adolescência e (perdoe-me a confidência) ainda hoje, entre uma paragem e outra.

Muitas são as incógnitas, quais as influências passadas para o meu "eu" por essa literatura ligeira (primeiro em Br, depois em Pt), porque não nos iludamos, TUDO tem influência! Por vezes, atarefados no nosso dia-a-dia e na tomada de decisões, esquecemo-nos dos factores passados que nos levam a agir em conformidade, ou não, no nosso frenético tempo presente.

Mas muitas são também as acções e novas vivências, cujo passado em nada influencia... de repente só me lembro de uma situação - quando conhecemos uma pessoa singular! Sem razões para tal, e sem motivo para conhecer, existem singularidades visíveis à distância que potenciam essa necessidade de "quero-te conhecer", e, caso seja bem sucedida a abordagem do outro, procuram-se então as veracidades (ilusórias ou não) do nosso primeiro olhar...

Wednesday, June 08, 2005

Recta (cont)...

Longe vai o tempo em que parti. Quem sabe se efectivamente algum dia irei chegar ao destino, ou se dou meia volta para regressar até há 11 anos atrás... Mas enfim, cá estou ainda a caminho, a velocidade cruzeiro, e é isso que importa. Entre criação de cenários de actuação e troca de impressões com as pessoas vou passando o tempo. Apesar de estar em constante movimento... tenho contacto com toda a gente.

Desde que o iniciei, as novas tecnologias sempre foram uma peça essencial para a tomada de decisão em todos os cruzamento que tenha, ou não tenha, atravessado. É o completar da profecia de Mcluhan. Diz-me qual o meio que utilizas, dir-te-ei o que entendo com isso... sim, verdade, muitos cruzamentos errados, muitos choques frontais.

Os choques foram sempre, "curiosamente", devido a indicações erradas e significados incompreendidos. Pena que neste caso a culpa não possa ser medida colocando simplesmente uma palhinha na boca e soprar, num bar perto de si. Concordando com as vozes de gente estranha e civilizada, a confiança seria então como um sinal de semáforo, evitando colisões promovendo ordem. Pena que os semáforos por vezes estejam intermitentes.

Não me querendo apropriar de algo alheio, inconscientemente dou por mim a contemplar
o esplendor na relva. O passado é efectivamente uma força que nos impulsiona... mais com as boas escolhas e os bons momentos do que com as más escolhas e os maus momentos, mas sem dúvida que com ambos...

Chegada prevista à próxima estação de serviço - 6.ª feira!

Rectas...

Após o raiar do dia fui novamente seguindo o meu caminho. Com a clareza e o brilho do sol consegui identificar finalmente onde estava e por onde queria seguir. À frente existe agora uma enorme recta e, reparo agora que não tenho muita gasolina. Não me aflige porque já tinha planeado parar na única estação de serviço que existe ao longo de toda esta recta, e a gasolina chega perfeitamente para lá chegar. Aproveitarei ainda para arranjar o carro, pois pelo que me disseram existe lá um mecânico sempre de serviço.

Aproveitarei ainda para descansar e conversar para saber a opinião de outros condutores que circulam pela estrada e qual o código de estrada que estão a seguir. Sabendo a priori os códigos de estradas pelos quais os outros se regem, podendo assim tentar evitar acidentes por eles originados.

Uma coisa é certa, após a estação de serviço (e caso o mecânico não me diga que os danos são irreparáveis) a estrada é de terra batida e sem qualquer sinalização!

Tuesday, June 07, 2005

Cruzamentos...

Por vezes nos nossos caminhos temos de fazer escolhas de percurso, sempre de uma forma cuidada e ponderada. Nesse caminho, questões como a confiança e a amizade aparecem vindas nas diferentes direcções e é preciso ter cuidado a conduzir numa estrada onde a tolerância é zero. Os nossos príncipios individuais são como que o código da estrada, ditando as regras na condução. (Pena haver um diferente para cada condutor)

Assim, diria que estou numa zona desconhecida para o meu sistema GPS, numa noite de nevoeiro... e chuva, sem limpa pára-brisas e com os máximos e médios do lado direito fundidos.

Encosto... paro... e permaneço até ao nascer do dia... é o que o meu código da estrada diz!

Sunday, June 05, 2005

Mosaicos do FDS...

Noites...

“A Sociologia não valeria uma hora de atenção se não alimentasse a esperança de aliviar os sofrimentos da humanidade” - Durkheim citado por G. Mosca e G. Bouthoul. História das doutrinas políticas. Um desses sofrimentos é a dificuldade sentida em separar o que é real, contextual ou ilusório na imagem tida do "outro".
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Dúvidas...

Gerir o ingerível. Digamos que é uma construção que acontece independentemente das vontades, se bem que são essas mesmas vontades que a constroi, determinando não só o nosso estado de espírito, mas também a nossa própria visão dos acontecimentos. Todas estas variáveis não poderão ser medidas e/ ou calculadas... apenas estão representadas no resultado final. Tal como a Fénix sabia quando teria de renascer, ou não, assim se sabe quando se é, ou não, feliz.
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Vidas e certezas...

Raras são as vezes em que venho ver a determinação com que a minha avó fala sobre a família, as certezas sobre cada um de nós. Apesar de não acertar em muita coisa, isso não é relevante... Tem certezas e isso deixa-me feliz por ela.
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Pagamentos em atraso...


Finalmente um tempo para tratar a imagem e disponibilizar o primeiro dos fragmentos do jornal "Le Monde" sobre a
disparition de Paul Ricoeur. A disponibilização será feita aos saltos e dependerá da vinda da owner do Jornal a terras Lusas. Parece que em França não é fácil encontrar nem scanners, nem o Le Monde :p
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"Os mitos modernos são ainda menos compreendidos que os mitos antigos, embora sejamos devorados pelos mitos"
- Balzac - La Vieille Fille

(A passagem de épocas e ruptura de paradigmas alimentam o monstro, não o dissipam)

Saturday, June 04, 2005

Noites perdidas... manhãs descobertas!

São 8:08 da manhã quando começo a escrever estas palavras. Depois de mais uma imparável noite de Vibe... o descanso do lar, a companhia do Expresso, cover sleeve e um chá egípcio maçã-lima acompanham-me no raiar do dia. As noites de sextas-feiras tendem efectivamente a tornarem-se duas numa só. Após um jantar que poderíamos considerar como sendo de trabalho, o qual me permitiu levantar suspeitas sobre as condições a aceitar para poder finalmente atingir um dos objectivos delineado pelas vontades, teria de voltar a lx. Não é o fim do mundo, apenas o possível adiar... Acima de tudo pervalece a vontade dos princípios, só depois as metas!

Acompanhado por escolta policial, por volta da 1:30 da manhã, alguém que julgava estar a dormir liga. Seria o início da segunda noite, qual phoenix renascida das cinzas...

Procurei em vão quem não achava, mas encontrei quem não esperava...

Friday, June 03, 2005

Luto por Portugal

(transcrevo aqui uma mensagem que anda a circular nos e-mails. Podemos ou não concordar... mas pelo menos mostra mobilização das vontades democráticas)

Como é sabido de todos, foi necessário pedir aos portugueses
para se unirem durante o EURO 2004 e pôr uma bandeira de Portugal na janela.

O povo uniu-se por uma causa e dignificou o país.
Agora é tempo de nova união. Guardemos as bandeiras, e vamos
todos pôr uma bandeira negra, luto em forma de protesto, em nome do momento
negro que atravessamos e do que ainda virá, fruto de uma má gestão por
parte dos sucessivos governos, que continuam a gastar o que não têm, em prol
das mordomias sem as quais não conseguem viver.
Dia 10 de Junho, façamos luto por Portugal,
bandeira negra na janela por todo o país.

Passem esta mensagem a todos os seus conhecidos, pois Portugal é dos Portugueses.
Não deixemos que meia dúzia de políticos gozem com 800 anos de história.

Thursday, June 02, 2005

Amanhã começa...

Planos e projectos há. Equipa também. Vamos então testar o fôlego...

hoje aconteceu...



Foto gentilmente cedida pela National Geographic (secção do leitor e foto não identificada)

Ontem descobri...

... O que poderá vir a revelar-se como sendo a "minha" caixa de Pandora.
Apesar de saber a natureza do que irei encontrar lá dentro, não sei ainda se não a abrirei...

Wednesday, June 01, 2005

Felt the “Deep Throat”?

FBI's No. 2 Was 'Deep Throat'

Deep Throat, the secret source whose insider guidance was vital to The Washington Post's groundbreaking coverage of the Watergate scandal, was a pillar of the FBI named W. Mark Felt, The Post confirmed yesterday.

As the bureau's second- and third-ranking official during a period when the FBI was battling for its independence against the administration of President Richard M. Nixon, Felt had the means and the motive to help uncover the web of internal spies, secret surveillance, dirty tricks and coverups that led to Nixon's unprecedented resignation on Aug. 9, 1974, and to prison sentences for some of Nixon's highest-ranking aides.


>> Vale a pena ler todo o artigo no Washington Post <<