2.ª pequena recta…
Aproveito estes caminhos para pensar e fazer uma espécie de retrospectiva sobre o passado do condutor. As relações amorosas são talvez o melhor laboratório para a edificação do ser… é aí que confiamos cegamente (e somos traídos); é aí que juramos amores eternos (para depois passar a ser ódio eterno), é aí que julgamos somente desejar uma pessoa (e ela fica como uma das melhores amigas); é aí que se dão os olhares (aqueles que depois surgem à memória sem razão aparente e nos fazem pensar “…e, se…”); é aí que acontecem as subidas vertiginosas do nosso ego (para passarem depois a ser a origem das dúvidas sobre a nossa existência).
O efeito narcótico na relação íntima molda-nos o pensamento, pré-formata as nossas atitudes e gera mais um ser, uma nova máscara original. Ainda que a factura a pagar no fim seja demasiado grande para as nossas posses, até ver, consegui sempre passar um cheque cabeludo.
Excepto por duas ocasiões… dois olhares que ficaram por responder. O primeiro, há já largos anos, permitiu-me ver sem preparação prévia toda a alma de uma pessoa. Após o fascínio inicial, essa seria uma das pessoas que me viria a acompanhar nestes caminhos, pela amizade, carinho e simplicidade com que se pode gostar de uma pessoa. Hoje, continua a ser umas das mulheres mais importantes da minha vida. Ainda que a troca de olhares pudesse estar mascarada de um instinto fútil de desejo… cedo viríamos a descobrir porque se diz que “os anjos não têm sexo”. Ainda que fique para sempre no ar… “e se”…
Recordo-me também do segundo olhar que me dilacerou por completo. Este mais recente. Um olhar inquiridor, analista, mas ao mesmo tempo transparente e como que a dizer “eu sou assim, como é que és?”. Ainda que exista a possibilidade de cair por terra qualquer aproximação que se tente fazer, basicamente sendo sempre lixado, nada me demove da impressão (não aparência) original. A aparência fez-me desejar-te… os olhos fizeram-me tentar…
O efeito narcótico na relação íntima molda-nos o pensamento, pré-formata as nossas atitudes e gera mais um ser, uma nova máscara original. Ainda que a factura a pagar no fim seja demasiado grande para as nossas posses, até ver, consegui sempre passar um cheque cabeludo.
Excepto por duas ocasiões… dois olhares que ficaram por responder. O primeiro, há já largos anos, permitiu-me ver sem preparação prévia toda a alma de uma pessoa. Após o fascínio inicial, essa seria uma das pessoas que me viria a acompanhar nestes caminhos, pela amizade, carinho e simplicidade com que se pode gostar de uma pessoa. Hoje, continua a ser umas das mulheres mais importantes da minha vida. Ainda que a troca de olhares pudesse estar mascarada de um instinto fútil de desejo… cedo viríamos a descobrir porque se diz que “os anjos não têm sexo”. Ainda que fique para sempre no ar… “e se”…
Recordo-me também do segundo olhar que me dilacerou por completo. Este mais recente. Um olhar inquiridor, analista, mas ao mesmo tempo transparente e como que a dizer “eu sou assim, como é que és?”. Ainda que exista a possibilidade de cair por terra qualquer aproximação que se tente fazer, basicamente sendo sempre lixado, nada me demove da impressão (não aparência) original. A aparência fez-me desejar-te… os olhos fizeram-me tentar…
2 Comments:
..."e se"... ;)
By Anonymous, at 2:40 PM
"Se" tivesse encontrado o mapa da tua alma, se calhar hoje seríamos um só...
Ou talvez não...
Um "se" deixa sempre uma porta entre-aberta, que um dia se poderá abrir, "se" quiseres...
Ou "se" conseguires!
By Anonymous, at 12:10 AM
Post a Comment
<< Home