Há que pedir o impossível!

Friday, June 17, 2005

1.ª Pequena recta...

Numa negociação, o mais importante é tardar ao máximo a revelação do nosso preço de reserva, isto porque o desconhecimento do outro sobre até onde estamos dispostos a ir, ou queremos ir, impede que possamos, por exemplo, conseguir fechar o negócio antes de termos revelado o mínimo antes do nada. Pareceu-me nesta última paragem haver um interesse da parte de alguns condutores por se encontrar um código de estrada comum. Apesar de nobre objectivo, não se assemelha fácil o início da negociação pelas regras a constar no código.

Dada a multiplicidade de condutores que percorrem os mesmos caminhos que, ao não estarem na negociação assemelham-se a pilotos kamikazes (apesar de o azar de ser albarroado poder ser uma hipótese remota nunca poderemos descurar o perigo), cada condutor que entrar na negociação demonstrará interesse em ser menos um homem-bomba em circulação. Muitos no entanto ficarão desde logo pelo caminho por terem regras demasiado contraditórias e por teimarem em as incluir no código.

Assim, e para que o desenrolar da negociação permitisse pensar em progresso, urge manter as portas abertas... como? Até agora a mais utilizada é uma espécie de "ouço tudo o que quiseres e digo é possível a tudo o que dizes", mas para que se possa pensar em continuar terá obrigatoriamente de dar o primeiro kickoff. O problema é que quem der esse kickoff terá de baixar no primeiro lance o seu preço de reserva.

É como se no fim desta pequena recta vislumbrasse um condutor a vir em sentido contrário, mas na minha direcção. Existe um processo negocial e acordamos uma via para cada um de nós. No entanto, na hora da verdade ele muda de direcção. Isto é o que irá acontecer.



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