8.ª pequena recta e estrada sinuosa à frente…
(Aviso: este texto apresenta frases e considerações que derivam apenas de pura jactância intelectual. Em caso de sensibilidade não é aconselhada a sua leitura.)
Quem não tem nada a perder… vem; quem tem alguma coisa a perder… não vem! Este era o mote do jantar desde o início. Nunca se pensou que afinal o caminho feito a partir daí seria sinuoso, com muros de betão de um lado e barreiras acentuadas do outro. Ao mínimo despiste, os danos seriam fatais… Assim, após aquela que seria a 8.ª, e última pequena recta, o caminho tinha muitos condutores, inexistência de bermas e uma elevada possibilidade de acidente. Eles aconteceram efectivamente (acho é que alguns dos condutores ainda não se aperceberam disso). No início do percurso os condutores tinham medo e esperança. Medo dos outros condutores – medo desnecessário diga-se, os caminhos trilhados por eles são individuais, e que apenas querem um destino… o deles… mas o medo está lá; e esperança, porque mendigando e sendo um bom menino pode ser que no Natal tenham uma qualquer prendinha (por via das dúvidas escrevem sempre para dois Pais Natais… não vá um morrer).
Mas para o fim do percurso, os condutores pendiam pela noção de aventura e mudança de paradigmas instituídos à custa de esperança e de medo. Condutores com medo e esperança, condutores com esperança e sem medo. Havia no entanto, um condutor que desde o início estava sem medo, e parecia não ter esperança em nada. Curiosamente ele foi o primeiro a entrar neste caminho… poucos repararam nesse detalhe! Talvez tenha reparado por já me ter cruzado com ele num ou outro caminho…
Será que esta passividade é pensada e o caminho que percorreu ontem foi apenas um desvio (implicava a existência de esperança), ou estará simplesmente andar à deriva (inexistência de esperança)? Com o preço a que a gasolina está, espero que não seja a segunda hipótese. E, a não ser essa segunda hipótese, podemos dizer que o desvio e o percurso alternativo que tomou para chegar ao seu destino levaram-no a dar o mote… e a testá-lo.
Quanto a mim… bem, eu passei vivo e sem acidentes, mas acho que algumas da minhas regras do código levaram outros a “crash and burn”. Sem medos, sem pedidos de desculpa… é o problema destes caminhos desregrados.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home